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Antes de as bandas tocarem Puteiro em João Pessoa (1994), música do primeiro álbum dos Raimundos, Badauí lembrou o tanto que ouviu esse disco lançado em 1994 com mix de hardcore e ritmos nordestinos.

Embora o CPM 22 tenha sido criado na segunda metade da década de 1990, esse grupo paulistano de hardcore melódico – por vezes jogado na vala comum do emo pela associação (já desfeita) com o produtor Rick Bonadio – alcançou a fama somente nos anos 2000, pertencendo a uma geração posterior aos Raimundos na cronologia do rock brasileiro.

É dessa diferença geracional que vem a curiosidade da reverência de Badauí à banda brasilense (formada em 1987 e alçada à fama em 1994) que atualmente tem o guitarrista Digão como vocalista.

Afinal, CPM 22 e Raimundos se irmanaram nesse encontro cheio de vitalidade que resultou em um dos shows mais enérgicos deste primeiro fim de semana do Rock in Rio 2019.

Alternando hits das bandas e os vocais de Badauí e Digão, mas com todos os músicos ao mesmo tempo no palco, o show teve roteiro infalível para entreter o público do festival numa das noites mais roqueiras da programação do Rock in Rio 2019.

Não faltaram sucessos tanto da parte dos Raimundos – Eu quero ver o oco (1995), I saw you saying (That you say that you saw) (1995) e Mulher de fases (1999), entre outros – como do CPM 22, cujo repertório mais conhecido foi bem representado por músicas como Regina, let’s go! (2000), Não sei viver sem ter você (2002) e Um minuto para o fim do mundo (2005).