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Barão Vermelho no Rock in Rio Brasil 2024: banda fala sobre expectativa de tocar nos 40 anos do festival
Faltando pouco mais de um mês para a tão aguardada edição de 40 anos do Rock in Rio Brasil, a banda Barão Vermelho conversou com a Mix e falou sobre a expectativa deles de se apresentarem no festival.
O quarteto, formado atualmente por Maurício Barros, Guto Goffi, Fernando Magalhães e Rodrigo Suricato, sobe no Palco Sunset do evento no dia 15 de setembro, mesma data de atrações como Avenged Sevenfold, Journey, Os Paralamas do Sucesso, Deep Purple e muito mais.
A expectativa é a melhor possível! A gente espera que o público adore o nosso show, estamos fazendo um show especial, com participações especiais, vamos procurar colocar uma coisa ou outra nova no show, vão ter algumas cantoras, fazendo backing vocals com a gente também”, disse Maurício sobre o que a banda pretende trazer ao palco do festival.
Já sobre a setlist, Barros também adiantou que não deve fugir muito dos clássicos da banda. Apesar disso, ele afirmou que o show deve contar com uma ou outra novidade para surpreender o público presente na Cidade do Rock.
Estamos nos preparando para que a plateia ache o máximo, e esperamos que eles achem isso mesmo”, acrescentou ele.
O guitarrista Fernando Magalhães ainda aproveitou o momento para declarar quais faixas não podem faltar em um show do Barão. Assim, os fãs podem esperar “Pro Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço”, “Por Você” e “Puro Êxtase”.
Ainda sobre quais músicas são escolhidas para compor o repertório dos shows da banda, o vocalista Rodrigo Suricato explicou que, por conta de tantos sucessos populares, o grupo acaba tendo pouco espaço para performar outras faixas menos conhecidas pelo público, mas muito queridas por eles.
Tem as obrigatórias pro público, mas também tem as obrigatórias para cada um de nós né? Porque são muitos sucessos populares que acabam dando pouca oportunidade para qualquer coisa que a gente venha a gravar de entrar no repertório. Então, uma banda popular como o Barão Vermelho tem esse delicioso sofrimento, que na verdade é ter um repertório muito conhecido, mas também com poucas oportunidades de testar coisas novas com um grande público”, declarou o artista.
Em seguida, a banda falou sobre a responsabilidade e a importância de tocar no Rock in Rio Brasil 2024, visto que essa já é a terceira vez, considerando diferentes gerações, do Barão Vermelho como parte do line-up do festival.
Os eventos maiores sempre exigem uma responsabilidade maior, né? O Rock in Rio é um evento que realmente te cobra atenção, é um evento que você precisa se preparar bem, fazer bastante ensaios para que aquilo fique o mais orgânico e natural possível no dia. E tem a coisa física no rock também, o rock exige muito o físico das pessoas, então tem sim essa responsabilidade, além de ser o Rock in Rio né? Vai ser a terceira vez do Barão no Rock in Rio. A primeira formação esteve no festival em 1985, a segunda no de 2001, e agora a terceira no de 2024, então, historicamente, isso é muito importante pra banda, é como se as três gerações saíssem validadas do Rock in Rio, é muito importante que as pessoas considerem que a gente fez um bom espetáculo no festival”, disse o baterista Guto Goffi.
Ainda a respeito do Rock in Rio, os integrantes compartilharam histórias pessoais que envolvem o festival, seja como artistas ou como fãs. Assim, o tecladista Maurício Barros falou sobre a primeira edição do evento, em 1985, e contou que foi assistir o show da banda Queen.
Guto, por sua vez, relembrou um momento especial para a banda, que ficou marcado na memória deles e faz parte da história do Barão Vermelho.
Eu lembro do primeiro Rock in Rio, quando convidaram o Barão, naquela época a banda já estava estourada, já tinha vendido 100 mil cópias, estava se consolidando no mercado nacional, e a gente foi fazer uma foto para uma revista no que seria o local do Rock in Rio hoje. Ali, só tinha uma pequena bilheteria de cimento, um monte de buraco e uns ferrinhos de construção na frente, e a gente tirou uma foto ali na frente daquilo e atrás era só um matagal, não existia nada do festival ainda, só a intenção do Roberto Medina de realizar aquilo. Então, esse projeto do Rock in Rio é uma grande vitória, né? Eles saíram realmente do zero e agora oferecem um dos maiores festivais da música mundial”, declarou o músico.
Considerando os 40 anos de Rock in Rio e os 43 anos de Barão Vermelho, a banda ainda explicou o “segredo” por trás de ter mais de quatro décadas e, mesmo assim, se manter tão importante e tão atual no rock nacional.
Eu acho que é um pouco de tudo, muita sorte, perseverança, o Barão tomou algumas pancadas ao longo da estrada e nunca parou, o Barão sempre seguiu em frente e conseguiu manter o nível e estar à frente. Agora estamos aí há quase 8 anos com o Suricato nos vocais e estamos fazendo grandes festivais, incluindo o Rock in Rio, e acho que isso prova que estamos no caminho certo. Mas, sendo muito sincero, eu diria que trabalho, além das letras do Cazuza, as composições do Frejat e de todos nós, que sempre estivemos ali também, e perseverança de não desistir”, opinou Maurício.
Por fim, eles falaram sobre os sonhos e as conquistas que ainda almejam como músicos daqui pra frente, concordando que o mais importante para a banda atualmente é a saúde de cada um deles.
Eu vou fazer 62 anos em agosto, antes do Rock in Rio, e eu quero tocar até o máximo de tempo que eu conseguir com saúde, pra representar esse papel bem, para que aquela pessoa que comprou o ingresso e for lá assistir não ache que eu estou ali só pelo dinheiro, mas olhe e pense ‘Nossa, ele tá bem ali, tocando bem pra caramba até hoje, tá firme ali’, então o meu grande sonho é ter saúde pra conseguir realizar isso, se Deus permitir até os 70 ou mais anos”, declarou Guto.
Já em relação ao futuro do Barão Vermelho e o que os fãs podem esperar nos próximos anos, eles afirmaram que se trata de uma banda imprevisível, explicando, no entanto, que, para eles, isso é algo positivo.
O Barão é uma banda que sempre me surpreende muito, eu não consigo prever nada do Barão Vermelho, é sempre uma surpresa e eu acho que isso que é o bacana da vida, né? Não consigo olhar e falar como vai ser nos próximos 10 anos, é muito imprevisível, o que eu acho muito bacana”, finalizou Fernando Magalhães.