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Dua Lipa transforma show em festa para dançar em apresentação pré-Rock in Rio

Dua Lipa armou a festa e colocou todo mundo para dançar no show desta quinta-feira (8), em São Paulo, um aquecimento para o Rock in Rio. A cantora é atração principal do último dia do festival, no domingo (11).

Como uma estrela do pop, enfileirou hits – mesmo com apenas dois discos -, trocou de figurino quatro vezes, soltou a voz e o corpo acompanhada de doze bailarinos, suou a camisa (ou o body), e conseguiu fazer a plateia cantar e pular ao longo de todo o show, de cabo a rabo.

Quando lançou o segundo disco, “Future Nostalgia”, o mundo tinha se fechado por causa da pandemia. As faixas dançantes, que remetem aos anos 1980 e trazem letras sobre romances com os crushes e os fins de relacionamento, embalaram (e bem) o isolamento.

“Esperamos dois anos por isso”, disse ela durante a apresentação. “Foram quatro anos desde a minha última vez aqui, em 2018. Muito obrigada por estarem aqui esta noite”, completou.

O show começou com todas as atenções para o telão. Como em uma série de TV, um vídeo de abertura apresentava os doze dançarinos de Dua, um a um, como se fossem personagens. Até pintar o nome da protagonista, Dua – e ela logo embaixo.

Com um body de corpo inteiro, uma peça só até as botas, verde e com rendas, Dua é um ponto de contraste na fileira formada pelos dançarinos, vestidos de amarelo neon.

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

E logo de cara, a cantora solta a voz em “Physical”, do álbum mais recente, e “New Rules”, seu primeiro grande sucesso, do disco de estreia que leva seu nome. Nesta, a plateia faz questão de enumerar com dedos para cima as regras que Dua sugere na música, para não cair em ciladas com o ex.

Além da voz e da presença de palco (ô, menina simpática!), Dua Lipa mostra as suas habilidades nas coreografias. Ela mexe o quadril de um lado para o outro, desce até o chão (o que levanta a galera), rodopia, se joga no chão, faz caras e bocas, usa todo o palco, provoca a plateia e, o mais importante, parece estar se divertindo muito.

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Os movimentos, provavelmente milimetricamente ensaiados, não são elaborados, mas dão um ar despretensioso e são fáceis de serem reproduzidos por qualquer um, em casa mesmo ou na pista da balada.

E a galera se empolga: quem consegue se acomodar num espacinho também se arrisca na coreografia, se não, só pular sem parar, que está tudo certo.

A sequência teve “Love Again”, “Cool”, que contou com dois dançarinos girando ao redor da cantora com os patins quad — aquele modelo vintage com duas rodas na dianteira e outras duas atrás –, “Pretty Please”, em que ela sensualiza com o pedestal do microfone, e ainda “Break MY Heart”.

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Mesmo seguindo a sequência numa tacada só, Dua tirava alguns segundos entre uma música e outra, para agradecer a presença de todo mundo ali: “Obrigada, São Paulo”, em português mesmo, foi repetida mais de uma vez.

“Vou pedir alguns favores para vocês”, disse, desta vez em inglês, antes de começar “Be The One”. Mãos para cima, luzes dos celulares, cantar junto: Dua pede, a turma faz feliz da vida, antes de encerrar a primeira parte do show.

Já o segundo ato, ou segunda parte, começa com o ataque da lagosta, personagem principal no videoclipe de “We’re Good”, que numa reviravolta do destino consegue se livrar da panela. O crustáceo – inflável – surge no fundo do palco discretamente, enquanto Dua Lipa entoa a faixa, sentada.

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Além dos “obrigados”, ela arrisca um “gatinhas e gatinhos”, também em português, o que deixa o público ainda mais encantado.

Em “Good in Bed”, Dua tem os dançarinos na sua órbita, ela solta o vozeirão, deita no chão, rebola, levanta mais gritos da plateia. Assim como “Fever”, faixa em que teve a participação gravada de Angèle exibida no telão.

Ao encerrar este ato com “Boys Will Be Boys”, ela abre espaço para os dançarinos brilharem no centro do palco por alguns minutinhos.

Em seguida, a cantora aparece de vestido de paetês rosa todo recortado. E manda logo “One Kiss”. A coreografia é outra, mais solta, como se ela e os dançarinos fossem amigos em uma festa. O clima é realçado com os lasers e mais lasers verdes que cruzam o espaço do show, como uma boa balada pede.

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Dua Lipa dança e canta durante apresentação no Distrito Anhembi, em São Paulo — Foto: Fábio Tito/g1

Antes de emendar “Electricity”, ela joga duas ou três almofadinhas de bocas em formato de beijos para o público. Na seguinte, em “Hallucinate”, ela brinca com o público: qual lado do palco consegue gritar mais alto?

Um dos momentos mais bonitos foi com “Cold Heart”, parceria com Elton John. Num momento mais introspectivo, ela senta no palco, com os dançarinos ao redor. John aparece em um telão, em um registro gravado.

A cena bonita, digna de uma boa fotografia, é antes do final da música, quando eles – Dua, dançarinos e backing vocals – se enfileiram de frente para o público e estendem as duas bandeiras do arco-íris, enquanto terminam a faixa. Fim do terceiro ato.

“Future Nostalgia”, a primeira do bis, foi a que menos empolgou. Isso não significa que não levantou coro e que a galera não pulou, todo o show foi cantado pela plateia a todo pulmão, mas havia aquela expectativa para as duas últimas faixas: “Levitating” foi recebida com muitos gritos assim que surgiu a grande lua no telão. Bolas com manchas como as da lua pipocaram sobre a galera que tentava reproduzir os passinhos.

Para encerrar, “Don’t Start Now”, hino do isolamento durante a pandemia. Teve quem lembrasse de fazer o movimento com as mãos para bater o tal tamborzinho no ar (na verdade, a campana, que dá o som de bater em uma lata). Uma chuva de papel picado indicava o final.

Dua saiu do palco depois de 1 hora e meia de show e, para o público, parecia que a festa estava só começando.

Rock in Rio 2022 em 1 minuto: Dua Lipa

Fonte: G1 Mauro Ferreira

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