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Falcão fala sobre término do Rappa em entrevista.

O Rappa nunca foi uma banda que veio para agradar, sua melodia veio para contestar. Desta maneira, conquistou muitos fãs com a voz forte de Falcão e com letras que discutem a ordem do sistema. Depois de 25 anos de carreira entre estrada e estúdio, O Rappa fez a sua apresentação final no Rio de Janeiro em abril. Agora, Falcão participa de um documentário que explica sua saída e o fim da banda.

Uma jornada complicada

Com previsão de se apresentar somente no dia 14, foi necessário realizar um outro show no dia 13, já que os do dia 14 acabaram em horas. Com uma história conturbada entre os membros da banda, O Rappa já acabou pelo menos duas vezes ao longo de sua história.

A primeira vez foi em 2001, um ano após ganhar o prêmio de melhor clipe do ano da VMB da MTV. “Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero Ter)”   fazia um protesto contra a exclusão social e alertava sobre a violência presente no cotidiano da população que mora na periferia das grandes cidades brasileiras. O término havia sido puramente artístico com a saída do baterista Marcelo Yuka.  A segunda foi o desentendimento da banda com o vocalista, Marcelo Falcão, que constantemente se atrasava para os shows.

Agora a razão do término é diferente – ou agregou as coisas? No mini documentário, Falcão abriu o jogo sobre sua saída. Com a argumentação de “explorar outras versões de mim”, o vocalista enfatizou como é grato à banda e como é fã da mesma:

“Eu sou fã do Rappa. Faço parte de uma das maiores bandas do mundo e subir ao palco para mim é manto sagrado. O respeito que o Rappa me deu nenhuma grana paga. As pessoas tem respeito por mim, posso andar para frente, para trás, de costas e as pessoas vão me respeitar. E isso eu conquistei no Rappa.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gratidão, roteiro e energia diferente
A gratidão, no entanto, não impede o cantor de querer que o mundo o veja como um artista solo, como Marcelo Falcão, não somente como vocalista do Rappa. E é isso que ele quer se arriscar agora. Outros estilos musicais, outros formatos de composição e o suave tom do vinil são sua nova aventura. E sair da “coisa programada” e do “roteiro” que tinha nos shows da banda.
Mas não é a toa que a sincronia do grupo era somente profissional no último show, que ocorreu no Rio de Janeiro. Muitos fãs cresceram com a banda, que narrou momentos difíceis para cada um. Para fãs como Dominiqui Borges, que viajou até a cidade para ver uma última vez O Rappa,

Seria um espetáculo completo aos fãs da banda que está há 25 anos na estrada, se não fosse a falta de interação dos integrantes da banda. Xandão, Lauro e Lobato não acompanhavam a energia explosiva de Falcão. Mesmo assim, a sensação de estar no último show da banda é de que “Nunca tem fim”, assim como o nome da última turnê.

Confira o documentário aqui:

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