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Final do Minas Music acontece no sábado (2)

Com apresentação de Tico Santa Cruz (Detonautas), no próximo sábado (2), acontece a final da 11ª edição do Festival Minas Music. Neste ano, entre os 174 inscritos foram selecionadas oito bandas de três estados. De Minas Gerais temos Dado e Duda in the Sky (Uberlândia), ETC (Juiz de Fora), Help Rock (Leopoldina) e Nobat (Belo Horizonte). São Paulo é representado pela Brasil in Conserto (Jundiaí) e o Rio de Janeiro pela banda Os Trutas (Resende). Os finalistas são avaliados por um júri técnico e também pelo público através do voto popular. A votação começa na quinta-feira (30), pelo site do festival (www.festivalminasmusic.com.br) e termina durante a live, após as oito apresentações. Com o encerramento da votação popular  serão computados os votos do público que pode alterar a decisão dos jurados, já que vai acrescentar pontuação proporcional a quantidade de votos que cada banda receber. Ou seja, quanto mais votos do público a banda recebe, maior a pontuação adicionada a nota do júri técnico, podendo fazer com que a banda suba na classificação, ficando entre as primeiras colocações. A divulgação do resultado será ao vivo.

O Minas Music é um evento com realização da Viva Marketing Eventos e Cultura em Uberlândia, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e conta com o patrocínio da Algar e apoio da Castro Naves e apoio cultural da TV Integração e Rádio Mix Uberlândia.

Antônia Nunes, da Viva Marketing, realizadora do evento, afirma que a produção recebeu com entusiasmo o volume de inscrições, que na última semana abriu para todo o país. “Isso mostra que acertamos nas mudanças que fizemos no festival. Aumentamos a abrangência, melhoramos a premiação e ampliamos o número de artistas que receberão algum tipo de prêmio de acordo com a classificação que conseguiram”, disse ela, que completa esse formato nacional chegou para ficar, afinal, não há fronteiras na internet!

As oito finalistas receberam cachê de R$ 1,5 mil e ajuda de custo de R$ 1,2 mil para gravação do material para a live, totalizando um prêmio de R$ 2.7 mil. As três vencedoras participarão da live comemorativa, no dia 17 de outubro, que terá show da banda Venosa com participações de Tico e Beto Bruno. A premiação será de R$ 7 mil (1º lugar), R$ 6 mil (2º lugar) e R$ 5 mil (3º lugar).

Jurados dão dicas preciosas

Cinco jurados foram os responsáveis pela seletiva do Minas Music e continuam na final: a supervisora de comunicação Ana Paula, o produtor artístico Daniel Lopes, o músico e diretor técnico executivo Flávio Borges, o gestor e produtor cultural Marcelo Mamede e o produtor artístico Carlos Alberto Donancio Rodrigues Xaulim.

Xaulim, mineiro de Patos de Minas, tem 41 anos nesse ramo. Realizou em 5 de setembro de 1982 o primeiro show da Legião Urbana, que aconteceu em sua cidade natal. Nesses mais de 30 anos no meio musical, ele afirma que não há uma fórmula para determinar o sucesso de uma música, de um artista. “Se houvesse uma fórmula sobre o que vai dar certo e o que vai dar errado, em tudo na vida, todo mundo escolheria o que vai dar certo. Cada artista tem um sentimento, uma pulsação, e a maioria, quando compõe qualquer música e lança, torce pela aprovação do público. Há produtores que dizem que existe diferença entre uma música bem gravada e uma música mal gravada. Uma composição boa mal gravada fica comprometida, e uma música que não tenha tanta densidade, se bem

gravada, pode se transformar num grande hit”, comentou.

 

Apesar de ter na sua essência a diversidade, o festival, como outros festivais, sempre tem algum estilo que pode prevalecer sobre outros. No Minas Music, segundo Xaulim, prevaleceram MPB, rock e pop rock e o que ele ressalta, entre todos, é a qualidade dos inscritos. “Percebemos ainda que cada geração tem uma influência. As músicas que foram apresentadas trazem um retrato de um momento por sua abordagem poética e sua linha musical e nesse ponto o festival é muito atualizado. E eu sou dos que acreditam que música boa é música boa, não tem data”, afirmou.

 

Xaulim dá uma dica para os novos artistas. É preciso que o artista participe mais do processo produtivo da sua música. “Bandas como essas, que estão na final, têm uma grande oportunidade. Primeiro, de compartilhar a notícia de que chegaram na fase mais importante. Daqui pra frente ganhar ou perder não faz tanta diferença. As composições classificadas são parelhas, a diferença de colocação pode ser dada por décimos. Essas bandas têm que capitalizar essa classificação e divulgar essa conquista.  O fato de ter uma base territorial em Uberlândia é um detalhe, porque se você está na rede está no mundo. Tem que mobilizar a torcida e aumentar sua visibilidade”.

 

Para Flávio Borges, que atua há 23 anos nos Estados Unidos como músico, produtor artístico e diretor técnico de áudio & vídeo, o desafio foi grande para chegar aos oito finalistas entre uma diversidade incrível de talentos. “Essa é a beleza do nosso festival, pois abre um espaço para que muitos apresentem suas habilidades. E mesmo aqueles que não chegaram na final, podem ser encorajados a se aperfeiçoarem. Tivemos critérios técnicos para chegar nas oito bandas e elas se destacaram porque têm um potencial diferente das demais”.

 

Essa não é uma tarefa fácil e são cinco jurados independentes. Foram avaliados performance/qualidade técnica vocal, musicalidade e letra. “Enquanto uma banda se sobressaia em um ou dois critérios, os finalistas tiveram destaque em todos os segmentos. Para desempatar os casos em que os índices estavam praticamente iguais, decidimos pelas bandas que apresentaram maior qualidade, rigor técnico e sobretudo, aquelas que parecem ter o potencial de ‘carregar força’ dentro do estilo musical escolhido”.

 

Flávio comenta que o formato online tem suas particularidades. A dinâmica de apresentação e a presença de palco mudam. Não há interação direta com o público e isso vai exigir mais das bandas. Diferente de um ambiente presencial, a banda não terá a oportunidade de reagir ao feedback da audiência durante a performance. Aí é que está o desafio.

 

“Numa performance presencial, conforme o público reage, a banda tem a oportunidade de mudar o mood, o ambiente e isso se aplicado da forma correta, pode decidir o resultado – positivamente ou não. Nesse sentido, recomendo que as bandas intensifiquem os ensaios. Que sejam persistentes nos treinos, que se preparem genuinamente. Como se fossem fazer a melhor apresentação da vida. Sugiro que gravem os ensaios, simulem o ambiente da apresentação – enquadramento de câmera, tempo de apresentação – e compartilhem com os amigos e estejam abertos aos feedbacks recebidos, aconselha.

 

Flávio explica que, segundo alguns estudos científicos, criamos a percepção de uma pessoa entre 3 e 5 segundos a partir do primeiro contato. A opinião sobre alguém é formada nesses primeiros segundos. É como diz o ditado: a primeira impressão é a que fica. Por isso reforço o quanto é fundamental ensaiar e simular antes da apresentação.

 

Morando no exterior há muitos anos, Flávio disse que é interessante observar como a música nada mais é do que um reflexo da sociedade contemporânea. Um dos pontos fortes de convergência das bandas inscritas foi a temática de causas sociais e políticas tão discutidas no Brasil atualmente.

 

“Em outras partes do mundo, inclusive aqui nos EUA, isso não é diferente. A música reflete e tem o papel de fazer refletir sobre o que é crucial na sociedade. Interessante notar que mesmo com o regulamento deixando de forma bem clara que composições de cunho político e religioso seriam desclassificadas, ainda assim muitos participantes registraram esses apelos através de suas canções, como “vozes que pulsam” a realidade em que vivem. E isso foi bem parecido com o que temos visto aqui nos EUA. Também ficou visível e perceptível no material dos oito finalistas os elementos multiculturais, artísticos e musicais apresentados. Somos um país que recebe influência de vários estilos musicais”.

 

SERVIÇO


O QUE:
Final do Festival Minas Music – 11ª edição

QUANDO: 2 de outubro

HORÁRIO: 18h

CANAL: Festival Minas Music no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCZemwWwFFSTAk3hTOOaK3NQ)

SITE: www.festivalminasmusic.com.br

 

CONHEÇA AS BANDAS SELECIONADAS

Brasil in Conserto – Jundiaí (SP)

 

 

 

 

 

 

 

O trabalho com enfoque cultural em raízes brasileiras, realizado pela Brasil in Conserto, desde 2008, trouxe bons frutos ao projeto iniciado na cidade de Jundiaí (SP). A banda conquistou prêmios em festivais de MPB – 4º lugar e Aclamação Popular no Femupo de Barueri (SP); Melhor Comunicação com o Público no 6º Prêmio Lollo Terra de MPB em São Miguel Arcanjo (SP). A banda participou do filme “Eu te levo” com duas músicas na trilha sonora. Tem dois CDs lançados, Alicerce (2012) e “#brasilinconcerto” (2020). Com o primeiro abriu shows do Teatro Mágico e fez um show com Oswaldo Montenegro na Virada Cultural de Jundiaí. Oswaldo Montenegro produziu o segundo trabalho da banda que traz sete músicas inéditas e duas regravações – “Orora Analfabeta”, de Gordurinha, e “Zé Ninguém’, do Biquini Cavadão. Recentemente a banda lançou o single “O meu amor é seu” em parceria com o rapper Flávio Renegado, cujo videoclipe está na programação do Canal Bis.

 

Dado – Uberlândia (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trio formado em 2017 por Douglas Sousa, Dani Santos e PH Costa com o primeiro objetivo de realizar cerimônias de casamentos perceberam que poderiam ir além e em 2018 lançaram o primeiro single “Rotina” que foi um marco inicial para o trio. Com quatro singles lançados em 2020 o trio encontrou sua identidade para a continuidade do trabalho.

Duda in the Sky – Uberlândia (MG)

 

 

 

 

 

 

 

Duda In The Sky é uma artista mineira independente de 21 anos. Compositora, cantora e multi-instrumentista, foi uma das vencedoras do Festival Minas Music em 2018. Entre 2018 e 2020 compôs e lançou dois EPs: “Sentido” e “Amora”, participou de festivais e teve seu trabalho divulgado nacional e internacionalmente. Duda é uma artista integral e elabora a identidade visual dos seus trabalhos e de seus videoclipes, o que a aproxima de seu público. Atualmente, planeja o lançamento do terceiro trabalho.

 

ETC – Juiz de Fora  (MG)

 

 

 

 

 

ETC é Dudu, Vinícius e Balut. A banda é destaque em Juiz de Fora (MG) pelos shows lotados. Essa relação

público e banda levou a ETC aos principais concursos do Brasil e rendeu três prêmios de alcance nacional para o grupo: o WebFestValda em 2017, o #ShowLivreDay em 2019 e mais recentemente o EDP Live Bands 2019, que levou a banda a sua primeira turnê internacional, em Portugal, onde se apresentou no

NOS ALIVE, fazendo também divulgação de TV para Portugal e África.

 

Help Rock – Espera Feliz (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

Formada em 2017 na cidade de Espera Feliz (MG), inicialmente no formato acústico (e tocando covers), rapidamente a banda foi conquistando um público maior, principalmente no eixo Minas-Espírito Santo, onde, invariavelmente, sempre se apresentava em casas de shows das cidades desses dois estados com um público cada vez mais cativo. Com a necessidade de “dar um passo à frente” e pôr para fora seu viés criativo, investiu mais  em composições próprias, lançando até o momento dois singles “Noite fria” e “Uísque barato” e o EP com 6 músicas “Não deixe o caos entrar”.

Banda Nobat – Belo Horizonte (MG)

 

 

 

 

 

 

 

 

Nobat é artista de Belo Horizonte (MG) iniciou a carreira em 2012 com o lançamento do álbum “Disco Arranhado”, seguido por “O Novato” (2015/Selo Tangerina) e “Estação Cidade Baixa” (2018/Under Discos). O compositor mineiro chamou a atenção da imprensa especializada, sendo destacado por importantes veículos de imprensa e foi eleito pela Rolling Stone Brasil a “revelação da música mineira dos últimos anos”. Nobat rodou por grandes festivais como Virada Cultural de SP, Palco Ultra, Semana Internacional da Música (SP), Festival Transborda – Oi Futuro Ipanema (RJ), dentre outros. Em 2016, Nobat foi convidado pelo selo europeu MIMS para uma turnê em Portugal com apresentações em Lisboa, Braga e Porto. Nobat tem em sua história parcerias com grandes nomes do cenário nacional como Hélio Flanders (Vanguart), Tatá Aeroplano, Julia Branco, Giovani Cidreira, Sérgio Pererê e outros. Atualmente o compositor mineiro trabalha no lançamento de seu 4º álbum intitulado “Mestiço”, que será lançado em 2022.

 

Surfa – Leopoldina (MG)

 

 

 

 

 

A Surfa foi formada na reta final de 2016 a partir de um convite do baixista Ricardo Oliveira ao cantor Rodrigo Rosa para que tocassem com o baterista Tiago Viana em uma jam. Assim, surgiu a primeira configuração da banda, um trio compacto e harmonioso que trazia consigo influências do rock’n’roll, reggae, surf music e MPB. Em 2018, o amigo Murilo Gazola entrou para o projeto assumindo as linhas de guitarra e colocando sua assinatura no projeto.

Os Trutas – Resende (RJ)

 

 

 

 

 

 

Banda de rock rural que traz Pedro Gracindo (voz e guitarra), Leandro Souto Maior (guitarra), Fabiano Soares (baixo e vocais) e Keila Gomes (bateria). Em tempos de caldeirada sonora proporcionada pela era da informação, Os Trutas sugerem “pensar sobre existir” e “tentar chegar em algum lugar que a gente nem sente o tempo”, como diz a letra de “Gosto daqui”, música que dá título e abre o primeiro disco do grupo.

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