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Foo Fighters fecha bem Rock in Rio com pedido de casamento e show de ‘dinossaurinho do rock’

É difícil ver uma banda mais à vontade em um palco do que os Foo Fighters no Palco Mundo neste sábado (28), no encerramento da segunda noite de Rock in Rio 2019. O show durou pouco mais de duas horas.

A banda está em uma turnê já testada e aprovada por brasileiros. Até um expediente já usado em duas outras passagens deles pelo país, de levar um casal para ficar noivo no palco, foi repetido.

O resto do line-up era 100% alinhado: os parceiros Tenacious D e roqueiros da mesma safra deles, de meados dos anos 90: Weezer, Raimundos e CPM 22.

Para reforçar o ambiente “a favor”, a noite foi de covers celebrados da banda anterior do líder Dave Grohl, o Nirvana: a versão forró de “Smells like teen spirit” com Tenacious D e a “Lithium” do Weezer.

Nirvana, ‘doce Weezer’ e Groovador

Um momento legal e espontâneo foi quando Dave Grohl lembrou que tocou no Hollywood Rock de 1994 com o Nirvana no Brasil, aos 23 anos, na época em que escreveu “Big me”. Ele dedicou essa música ao Weezer, que tocou Nirvana logo antes.

Dave diz que ouviu a versão no camarim e chorou. “Doce Weezer”, ele disse. Outro elogio dele foi a Júnior Bass Groovador, o brasileiro que tocou a versão forró com o Tenacious D.

‘Labrador humano do rock’

Aos 50 anos, Dave Grohl deu seus gritos e fez gracinhas de “labrador humano do rock” Assim como o cão bonzinho e agitado, ele é um ícone da simpatia no rock, algo que o Brasil sempre aprecia.

Esta é a quinta passagem do Foo Fighters no Brasil – a segunda só da turnê do disco “Concrete and gold” (2017). Os discos mais lembrados foram ele e o segundo, “The colour and the shape”, de 1997.

Uma das poucas vezes em que o público dispersa é lá pela metade em “Sunday Rain” com Taylor Hawkins no vocal. O baterista toca com a cara de Noel Gallagher estampada no bumbo. Noel e Dave são amigos costumam se zoar em entrevistas.

Um exemplo de esforço exagerado dos Foo Fighters de agradar é que, apesar de terem repertório de sobra, tocam covers.

“Under pressure” e “Love of my life”, do Queen, ou citações a Beatles (“Blackbird”) e Rolling Stones (“Start me up”), jogam para a galera e ao mesmo tempo indicam uma tentativa de entrar no time dos veteranos.

É como uma candidatura ao posto de “dinossaruinho do rock”, de serem reconhecidos como novos clássicos.

Teoria e prática

O show tem bastante enrolação, com Dave batendo papo, estendendo as músicas e dando gritos em defesa do rock e da animação do publico.

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