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“We Are The World” completa 40 anos de gravação. Saiba o que aconteceu com os participantes!

Há exatos 40 anos, em 28 de janeiro de 1985, vários dos maiores popstars do planeta, se reuniram no estúdio da A&M para gravar aquele que se tornaria o mais bem-sucedido exemplo de música beneficente.

Seguindo o exemplo de “Do They Know It’s Christmas?” lançado meses antes com astros do pop e rock inglês, “We Are The World“, creditado ao USA For Africa, também juntou várias vozes em uma mesma canção buscando arrecadar fundos para as vítimas da crise de fome que assolava a Etiópia.

O compacto, lançado no dia 5 de março daquele ano, explodiu mundialmente e criou uma espécie de padrão, com muitos artistas juntos em um só espaço com versos distribuídos entre os mais famosos e todos se unindo no refrão. Desnecessário dizer que ele gerou um número igualmente grande de paródias, outra prova de sua eficácia.

Coube ao produtor Quincy Jones, a missão de organizar aquele grupo de 44 artistas, dos quais 21 tiveram uma parte de destaque na canção – os demais participaram do coro. Abaixo lembramos todos estes solistas e contamos o que eles fizeram depois deste marco da história do pop.

Lionel Richie – Autor da música ao lado de Michael Jackson, Lionel estava no auge do sucesso na época da gravação. Seu disco seguinte, “Can’t Slow Down”, de 1986, o manteve em alta, ainda que tenha vendido bem menos que o trabalho anterior.

Desde então, ele segue popular nos palcos, enquanto os lançamentos foram mais esporádicos. Seu disco mais recente é “Tuskegee” (2012) com regravações de seus clássicos em uma levada de country music.

Stevie Wonder – Assim como Richie, Wonder também deve seu sucesso à gravadora Motown e anda meio afastado dos estúdios, a não ser por canções esporádicas.

Meses depois de “We Are The World”, ele lançou seu último álbum realmente popular, “In A Square Circle”. Merecidamente tratado como lenda americana, ele ainda faz shows – geralmente em grandes espaços, e lança músicas esporadicamente, mas está devendo um trabalho de inéditas desde 2005.

Paul Simon – Outro patrimônio da América, Simon lançou “Graceland”, um dos discos mais populares dos anos 80, onde gravou com músicos da África do Sul em 1986. Seu disco mais recente, o belo “Seven Psalms” saiu em 2023.

Atualmente o músico sofre com problemas de audição e impossibilitado de fazer shows. Ele pode ser ouvido no disco que Esperanza Spalding gravou com Milton Nascimento, de quem ele é amigo e fã, no ano passado.

Kenny Rogers – O grande nome da música country morreu em 2020 aos 81 anos. “The Heart of the Matter”, seu LP de 1985, foi o último a encabeçar o ranking de country music da Billboard

James Ingram – O cantor de R&B protegido de Quincy Jones morreu em 29 de janeiro de 2019. Ingram nunca foi um grande vendedor de discos, mas emplacou alguns singles nas posições mais altas do Billboard Hot 100. Anos antes, ao lado de Quincy, ele escreveu “P.Y.T. (Pretty Young Thing)“, gravada por Michael Jackson em “Thriller”, de 1982.

Tina Turner Após um lindo renascimento artístico em 1984, Tina ganhou o status de Rainha do Rock. Uma das maiores vozes da música americana em todos os tempos, ela nos deixou em 2023, aos 83 anos.

Billy Joel – O “Elton John dos EUA” desistiu de gravar discos depois de “River Of Dreams”, de 1993, dizendo que o mundo não precisava de mais um álbum dele. Nos palcos o pianista segue imensamente popular. No ano passado ele colocou um ponto final na temporada de concertos mensais que vinha fazendo no Madison Square Garden – foram 104 shows em dez anos. Também em 2024, Joel lançou um single “Turn the Lights Back On” que deixou os fãs esperançosos de que, quem sabe, ele possa voltar a gravar um álbum.

Michael Jackson – O Rei do Pop morreu em 2009, com apenas 50 anos. Depois de “We Are The World”, que ele ajudou a compor, ele lançou “Bad”, em 1987, seu último álbum produzido por Quincy Jones.

Diana Ross – Diva maior da música pop e lenda viva, Diana lançou “Thank You”, seu disco mais recente, em 2021. Aos 80 anos, ela ainda se apresenta ao vivo com relativa regularidade.

Dionne Warwick – A voz preferida de Burt Bacharach finalmente entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll no ano passado. Com 84 anos, a cantora é a solista de “We Are The World” que mais veio ao Brasil, com folga – entre 1979 e 2024 ela já fez mais de 30 shows no país.

Willie Nelson – Prestes a completar 92 anos, a lenda da country music não dá sinais de que vai se aposentar. Além da rotina de shows, ele segue lançando discos de maneira constante. Só nesta década foram oito trabalhos.

Al Jarreau – O cantor gravou sua parte em “We Are The World”, 11 dias depois de ter feito seu segundo show no Rock in Rio. Este grande jazzista e cantor de AOR morreu em 2017 aos 76 anos.

Bruce Springsteen – Bruce segue lotando estádios nos EUA e Europa e é uma espécie de voz da razão da América. No ano passado, ele lançou um belo documentário sobre sua mais recente turnê que está disponível no Disney+.

Kenny Loggins Em carreira solo, ou com a dupla Loggins and Messina, o autor de “Footloose“, seu único número 1 nos EUA, é resposnsável alguns clássicos do chamado Yacht Rock. Ele não grava desde 2009 e faz shows de maneira esporádica.

Steve Perry – O ex-vocalista do Journey abandonou a banda de vez em 1998 e raramente aparece em público. Em 2021 ele lançou um álbum de canções natalinas.

Daryl Hall – Hall foi notícia no ano passado quando as brigas com seu parceiro de dupla John Oates se tornaram públicas, pondo fim ao duo – felizmente pudemos ver os dois no Brasil em 2019. No ano passado ele lançou “D”, seu sexto trabalho solo.

Huey Lewis – Ao lado do The News, Huey Lewis foi um dos símbolos dos anos 80.- não chega a surpreender que, com o fim da década seu sucesso também decaiu. Sofrendo com problemas auditivos desde 2018, atualmente ele está afastados dos estúdios e do palco.

Cyndi Lauper – Após “We Are The World”, Lauper lançou “True Colors”, seu segundo LP e o último verdadeiramente bem-sucedido. Muito querida graças aos seus hits oitentistas e sua simpatia, ela segue viajando com a sua turnê de despedida, que passou pelo Brasil no ano passado no Rock in Rio.

Kim Carnes – Não é exagero dizer que Kim Carnes é a solista de “We Are The World” que mais caiu no ostracismo nos anos seguintes. Após o álbum “Mistaken Identity”, de 1981, que chegou ao topo da parada dos EUA, graças à “Bette Davis Eyes“, ela nunca mais emplacou um grande sucesso.

Bob Dylan – Além de ter virado meme, Dylan fez muito mais depois de 1985. Após um período de discos abaixo da média, ele voltou à velha forma e seguiu, e segue, se apresentando de maneira constante, principalmente pelos EUA e Europa. Sua cinebiografia, “Um Completo Desconhecido”, acaba de ganhar várias indicações ao Oscar, incluindo a de melhor filme e ator, para Timothée Chalamet

Ray Charles – O “inventor da soul music”, morreu em 2004 aos 73 anos, com todas, e mais do que merecidas, glórias. Seu último álbum, o póstumo “Genius Loves Company” ganhou vários Grammys. Nos cinemas, a biografia “Ray”, que também chegou às telas pouco depois da morte do pianista, foi um sucesso de bilheteria e levou dois Oscars, incluindo o de melhor ator para Jamie Foxx.

Quincy Jones – O produtor da gravação morreu no ano passado aos 91 anos plenamente reconhecido como um titã da música dos EUA e uma de suas figuras mais influentes.

Fonte: Vagalume

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